domingo, 24 de abril de 2011

Modal dutoviário


Esta modalidade de transporte não apresenta nenhuma flexibilidade, visto que há uma limitação no número de produtos que podem utilizar este modal.

É o meio de transporte que conduz produtos através de canos/tubos cilíndricos ocos desenvolvidos de acordo com normas internacionais de segurança. Para esse modal é necessário as dutovias, que são compostas por três elementos: os terminais, que fazem a propulsão dos produtos; os tubos e as juntas que unem estes. Este modal pode ser utilizado para o transporte de produtos derivados do petróleo, conhecidos como oleodutos, para derivados de minério, chamado de mineroduto, também para gases e grãos. Muitas dutovias são subterrâneas e/ou submarinas, considerado uma vantagem, pois minimizam os riscos causados por outros veículos.

O dutoviário transporta de forma segura e para longas distancias, permite que se dispense armazenamento, a carga e a descarga são simplificadas, reduz o custo de transporte (custo variável) e proporciona um menor índice de perdas e roubos. Como desvantagem o esse meio de transporte pode ocasionar um grande acidente ambiental caso suas tubulações se rompam, possui uma capacidade de serviço muito limita e seus custos fixos são mais elevados.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Modal de transporte rodoviário

A malha rodoviária brasileira tem atualmente uma extensão de 1.580.809 km, com apenas 212.618 km de pistas pa­vimentadas – o que representa aproximadamente de 13,4% da extensão total. Essas, por sua vez, estão distribuídas conforme a jurisdição da seguinte forma: 61.961 km de rodovias federais, 123.830 km de rodovias estaduais e 26.827 km de rodovias municipais.

A responsabilidade objetiva pela ampliação, conservação e manutenção da malha compete aos Governos Federal, Estaduais e Municipais, conforme a respectiva jurisdição. Contudo, esses podem, por meio de licitação, conceder trechos à iniciativa privada – seja para todos os serviços, seja apenas para a manutenção. Assim, hoje, em torno de 15.816 km das rodovias pavimentadas são administrados por operadoras estaduais e pela iniciativa privada, mediante a cobrança de tarifas de pedágio – revertidas para serviços de atendimento ao usuário, ampliação da capacidade e manutenção da malha rodoviária.

Segundo a pesquisa CNT (confederação nacional do transporte), de Rodovias de 2009 revelou que, dos 89.552 km de rodovias pavimentadas avaliados, 69,0% apre­sentavam alguma deficiência no pavimento, na sinalização e/ou na geometria da via. Esse cenário compromete a qualidade e a segurança dos fluxos de carga e de pessoas, restringindo a integração com os demais modais e gerando custos operacionais elevados – em razão de problemas mecânicos que ocorrem nos veículos, principal­mente nos de carga. Ou seja, além do baixo índice de pavimentação da malha rodoviária do País, observa-se um elevado grau de deterioração das poucas estradas pavimentadas, o que compromete todo o sistema logístico, além de aumentar o Custo Brasil.

Com relação à frota de veículos rodoviários de carga do País, de acordo com o Departamento Nacional de Trân­sito – DENATRAN (2010) ela é formada por 3.743.137 unidades, sendo composta por caminhões unitários de carga, cavalos-mecânicos, reboques e semirreboques.

Já a frota de ônibus interestaduais e de fretamento é de 39.096 unidades. Segundo a ANTT, em 2007, somente a frota de ônibus interestaduais e internacionais contava com 13.976 veículos que transportaram 131,5 milhões de passageiros. Além disso, o Brasil contava, em 2006, com 173 terminais de ônibus equipados com instalações físicas de postos da ANTT, destinados a passageiros em viagens estaduais e interestaduais.

Com tudo isso, o transporte rodoviário detém a maior participação na matriz do transporte de cargas no Brasil – de aproximadamente 61,1% – o que correspondeu a 420,6 bilhões de toneladas-quilômetro – TKM em 2009, com a movimentação de 1,1 bilhão de toneladas de cargas por rodovias.

Desvantagens – fretes mais altos em alguns casos, menor capacidade de carga entre os modais, mais vulnerável ao roubo de carga.

Vantagens – ponto de carga e ponto de descarga (ponto de origem e ponto de destino), maior freqüência e disponibilidade de vias de acesso, maior agilidade e flexibilidade na manipulação da carga, facilidade na substituição do veículo no caso de quebra, ideal para viagens de curta e média distância.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Modal de transporte ferroviário


Atualmente, a malha ferroviária brasileira em operação apresenta 29.817 km de extensão, sendo quase a totalidade (28.066 km) operada por empresas privadas, por meio de onze concessões (CNT, 2009). Sua principal caracterís­tica – dos pontos de vista histórico, econômico e geográfico – é a interligação de áreas de produção agrícola e de exploração mineral do interior do País com os pontos de exportação de mercadorias: os portos.

As maiores concentrações de vias férreas nacionais estão situadas nos Estados do Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Além disso, segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT, o material rodante brasileiro, constituído de equipamentos para a formação das composições ferroviárias, contabilizava ao final de 2009 um total de 92.890 vagões de carga e 2.876 locomotivas.

O sistema ferroviário, que atual­mente participa com cerca de 21,0% da matriz de transporte de cargas no Brasil. Essa participação representou 243,4 bilhões de TKU em 2009, com 395,5 milhões de TU transportadas.

A Pesquisa CNT de Ferrovias de 2009 indicou os principais problemas atuais encontrados na malha ferroviária brasileira: a grande variação nos tempos de viagem e as baixas velocidades na transposição de regiões metropo­litanas, estas causadas pelo excesso de passagens de nível e pelas invasões na faixa de domínio. Essa pesquisa também revelou que o crescimento do sistema ferroviário depende de ajustes tributários, regulatórios, físicos e operacionais, além de investimentos na construção de variantes para sanar problemas de traçado.

Outro dado interessante da pesquisa relaciona-se ao transporte de passageiros por via férrea: chamou a atenção o cenário favorável ao crescimento dessa movimentação, pois, embora concentrado na movimentação de cargas, o transporte ferroviário é hoje responsável pelo deslocamento de 1,5 milhão de passageiros/ano.

Contudo, apesar das melhorias no setor ferroviário ao longo dos últimos anos, este ainda é pouco aproveitado pela maioria dos setores da economia nacional, havendo, inclusive uma grande concentração do transporte em uma pequena porção da malha total (em torno de 10,0%). Por conseguinte, é fundamental eliminar essas distorções e permitir o melhor aproveitamento do sistema sobre trilhos, que advém justamente da economia de escala, especialmente adequada para o transporte de mercadorias de baixo valor agregado e com grande peso e volume específico.

· Vantagens – adequado para longas distancias e grandes quantidades, menor custo de seguro, menor custo de frete.

· Desvantagem – diferença na largura de bitolas, menor flexibilidade no trajeto, necessidade maior de transbordo.

domingo, 3 de abril de 2011

Modal de transporte aquaviário


O sistema aquaviário brasileiro é composto de vias marítimas e interiores e de portos e terminais portuários. Dessa forma, há basicamente dois subsistemas: o fluvial ou de navegação de interior, que utiliza as hidrovias e rios navegáveis, e o marítimo, que abrange a circulação na costa atlântica.

O primeiro conta com aproximadamente 44.000 km de rios, dos quais 29.000 km são natural­mente navegáveis, mas apenas 13.000 km são efetivamente utilizados econo­micamente, é usado principalmente no transporte de soja, óleo vegetal, madeira e outros. Devido o baixo custo do frete desenvolve papel importante na logística de tranporte.

Já a parte marítima tem cerca de 7.500 km de vias, é o modal mais usado no comercio internacional ou longo.

Fazem parte desses subsistemas, ainda, os portos e terminais fluviais e os marítimos, que totalizam 45 portos organizados e 131 terminais de uso priva­tivo, de acordo com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários – ANTAQ (2010), sendo responsáveis pela participação de cerca de 14,0% na matriz de transporte de cargas.

Quanto à frota mercante de bandeira brasileira, que opera na cabotagem e nas rotas de longo curso, estão registradas junto à ANTAQ 282 embarcações de trans­porte (chatas, graneleiros, petroleiros etc.) e 414 de apoio, sendo 343 rebocadores. Por sua vez, a frota operacional hidroviária é composta por 225 embarcações de transporte e por 31 embarcações de apoio (lanchas, dragas etc.).

Em 2008, o transporte aquaviário do País movimentou 537,7 milhões de tonela­das de cargas a granel e geral e de contêineres. Já em 2009, constatou-se uma movimentação total de 637,6 milhões de toneladas de cargas.

A Pesquisa Aquaviária da CNT de 2006 mostrou a indispensabilidade de ações urgentes na infraestrutura portu­ária, como a retomada das dragagens, a aquisição de equipamentos de estiva e movimentação e a melhoria dos acessos terrestres.

Ações de médio prazo, como a adequação de horários dos órgãos públicos, o treinamento de pessoal dos órgãos oficiais e dos trabalhadores e a revisão de procedimentos para a redução da burocracia, também são essenciais para manter níveis de competitividade adequados dos portos brasileiros.

  • Vantagens – carrega qualquer tipo de carga, menor custo do frete, baixo impacto ambiental.
  • Desvantagens – Necessita de transbordo nos portos,menor flexibilidade nos serviços, frequente congestionamento nos portos.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Modal de transporte aéreo

O Transporte aéreo é o movimento de pessoas e mercadorias pelo ar com a utilização de aviões ou helicópteros. O transporte aéreo é usado preferencialmente para movimentar passageiros ou mercadorias com urgências na entrega ou de alto valor agregado.

O transporte aéreo possui algumas vantagens sobre os demais modais, pois é mais rápido e seguro e são menores os custos com seguro, estocagem e embalagem, além de ser mais viável para remessa de amostras, brindes, bagagem descompanhada, partes e peças de reposição, mercadoria perecível e animaes.

  • Vantagens - é o transporte mais rápido e não necessita de embalagem mais reforçada (manuseio mais cuidadoso).
  • Desvantagens - Menor capacidade de carga, valor do frete mais elevado em relação aos outros modais.

O transporte aéreo brasileiro conta com um total de 67 aeroportos operados pela Empresa Brasileira de Infraestru­tura Aeroportuária – Infraero, que realizam vôos comerciais regulares, nacionais e internacionais, totalizando 128 milhões de passageiros transportados em 2009.

Segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT (2010), o modal aéreo participa da matriz de transporte de carga com 0,4% do total, com a operação de 32 aeroportos que possuem terminais de processamento de cargas aéreas. Em 2009, o setor transportou aproximadamente 1,1 milhão de toneladas de carga aérea em vôos nacionais e internacionais.