Dias J. R. M. FATORES QUE INIBEM O DESENVOLVIMENTO DA CABOTAGEM NO BRASIL Seminário Cabotagem – ANTAQ – 2009. Agosto/2009
Paoleschi, B. Logística Industrial Integrada - 2.ed.--São paulo: Érica, 2009.
Dias J. R. M. FATORES QUE INIBEM O DESENVOLVIMENTO DA CABOTAGEM NO BRASIL Seminário Cabotagem – ANTAQ – 2009. Agosto/2009
Paoleschi, B. Logística Industrial Integrada - 2.ed.--São paulo: Érica, 2009.
Logística é o processo de planejar, implementar e controlar, de forma eficiente e econômica, o fluxo de suprimento e produtos, a armazenagem e o fluxo de informações correspondente a todo o sistema desde a origem ao destino final, objetivando o atendimento às necessidades dos clientes.
Intralogística refere-se à movimentação de materiais dentro de armazéns, unidades fabris e centros de distribuição.
A Intra-Logística consiste na integração das funções da recepção até a expedição de mercadorias. Isso inclui a movimentação, armazenagem e processamento de pedidos, gerenciamento de estoques, etc.
A logística interna e é um dos principais fatores de competitividade em um negócio
A intralogística é uma área da logística que ganha importância a cada dia, pois vem ganhando notoriedade através dos ganhos obtidos através da redução de custos. As empresas vinham focando sua atenção em outros setores da cadeia de suprimento, principalmente no transporte. Hoje a logística interna se torna foco de análises de gestores para reduzir cada vês mais gastos com suas atividades.
Algumas atividades da intralogística
• Recebimento (físico e fiscal) de materiais diretos e indiretos;
• Movimentação interna de produtos;
• Picking e Packing;
• Suporte comercial (customer service);
• Montagem de kits;
• Gestão de KPI´S;
• Estocagem de produtos;
• Carregamento e expedição;
Muito se fala sobre logística, e logística é a arte de você colocar seu produto ao alcance do consumidor na hora certa, e no lugar certo. A logística hoje é muito estudada e pesquisada por inúmeros profissionais e estudantes de diversas áreas, isso se dar porque a logística é muito importante tanto na indústria como no comercio. Já a logística reversa é o caminho contrário como o próprio nome já diz é o caminho inverso ao invés de fazer o produto chegar ate o consumidor é como fazer que o produto volte das mãos do consumidor para o fabricante ou para o local correto do seu descarte.
Estamos vivendo numa época de crescimento acelerado de consumo, cada vez mais as pessoas compram e consomem mais produtos. Também devido o crescimento tecnológico acelerado esses produtos são descartados mais rapidamente, ou seja, um exemplo é um celular que você compra hoje, daqui a seis meses ele vai está obsoleto em termos de novas qualidades que a tecnologia incorporou em novos aparelhos, então existe uma tendência da troca mais rapidamente de celulares notebooks, aparelhos, etc. Existe também a questão de produtos que são adquiridos e não satisfazem o consumidor e tem que ser desenvolvido ao fabricante. A logística reversa estuda exatamente como deve ser feito isso.
A logística reversa é um conceito relativamente novo e em evolução. Esse processo já podia ser observado há alguns anos na indústria de bebidas, com a reutilização de vasilhames, o produto chegava ao consumidor e logo sua embalagem retornava ao centro produtivo para que fosse reutilizado e voltasse para o consumidor
Tradicionalmente, os fabricantes não se sentem responsáveis por seus produtos após o consumo. A maioria dos produtos usados são jogados fora ou incinerados com consideráveis danos ao meio ambiente. Atualmente, legislações mais severas e a maior consciência do consumidor sobre danos ao meio ambiente estão levando as empresas a repensarem sua responsabilidade sobre seus produtos após o uso. A Europa, particularmente a Alemanha, é pioneira na legislação sobre o descarte de produtos consumidos. Administração de devoluções (que é chamada de Logística Reversa por Lambert et al) envolve o retorno dos produtos à empresa vendedora por motivo de defeito, excesso, recebimento de itens incorretos ou outras razões. (Lambert et al, 1998, p. 19).
LAMBERT, D M. et. al. 1998, Administração Estratégica da Logística – São Paulo : Vantine Consultoria.
É o tempo entre o pedido e a entrega real do material no estoque.
Esse conceito é utilizado para identificar o tempo que será necessário para repor um produto no estoque.
Para a reposição de um estoque é preciso levar em consideração: a quantidade mínima para iniciar a reposição do material, quanto tempo será necessário para efetuar a compra e quanto tempo o fornecedor demora para fabricar e entregar o material.
Tipos de Lead Time
Engineer-to-Order – Significa que as especificações do cliente requerem um projeto de engenharia único ou uma personalização/customização significativa. Em geral, o cliente é altamente envolvido no projeto do produto. O estoque de materiais normalmente não será adquirido até que a produção necessite dele. O lead time de entrega é longo porque inclui não apenas o lead time de compra, mas também o de projeto.
Assemble-to-Order – Significa que o produto é feito com componentes padronizados que o fabricante pode estocar e montar de acordo com a encomenda do cliente. O lead time de entrega é, ainda, mais reduzido porque o tempo de projeto não é necessário e o estoque de materiais está pronto para a montagem. O envolvimento do cliente no projeto é limitado à seleção do conjunto de componentes necessários.
ARNOLD, J. R. Tony. Administração de Materiais. São Paulo: Atlas, 1999.
PAOLESCHI,Bruno. Logística industrial integrada. São Paulo: Érica, 2009.
Esta modalidade de transporte não apresenta nenhuma flexibilidade, visto que há uma limitação no número de produtos que podem utilizar este modal.
É o meio de transporte que conduz produtos através de canos/tubos cilíndricos ocos desenvolvidos de acordo com normas internacionais de segurança. Para esse modal é necessário as dutovias, que são compostas por três elementos: os terminais, que fazem a propulsão dos produtos; os tubos e as juntas que unem estes. Este modal pode ser utilizado para o transporte de produtos derivados do petróleo, conhecidos como oleodutos, para derivados de minério, chamado de mineroduto, também para gases e grãos. Muitas dutovias são subterrâneas e/ou submarinas, considerado uma vantagem, pois minimizam os riscos causados por outros veículos.
O dutoviário transporta de forma segura e para longas distancias, permite que se dispense armazenamento, a carga e a descarga são simplificadas, reduz o custo de transporte (custo variável) e proporciona um menor índice de perdas e roubos. Como desvantagem o esse meio de transporte pode ocasionar um grande acidente ambiental caso suas tubulações se rompam, possui uma capacidade de serviço muito limita e seus custos fixos são mais elevados.
A malha rodoviária brasileira tem atualmente uma extensão de 1.580.809 km, com apenas 212.618 km de pistas pavimentadas – o que representa aproximadamente de 13,4% da extensão total. Essas, por sua vez, estão distribuídas conforme a jurisdição da seguinte forma: 61.961 km de rodovias federais, 123.830 km de rodovias estaduais e 26.827 km de rodovias municipais.
A responsabilidade objetiva pela ampliação, conservação e manutenção da malha compete aos Governos Federal, Estaduais e Municipais, conforme a respectiva jurisdição. Contudo, esses podem, por meio de licitação, conceder trechos à iniciativa privada – seja para todos os serviços, seja apenas para a manutenção. Assim, hoje, em torno de 15.816 km das rodovias pavimentadas são administrados por operadoras estaduais e pela iniciativa privada, mediante a cobrança de tarifas de pedágio – revertidas para serviços de atendimento ao usuário, ampliação da capacidade e manutenção da malha rodoviária.
Segundo a pesquisa CNT (confederação nacional do transporte), de Rodovias de 2009 revelou que, dos 89.552 km de rodovias pavimentadas avaliados, 69,0% apresentavam alguma deficiência no pavimento, na sinalização e/ou na geometria da via. Esse cenário compromete a qualidade e a segurança dos fluxos de carga e de pessoas, restringindo a integração com os demais modais e gerando custos operacionais elevados – em razão de problemas mecânicos que ocorrem nos veículos, principalmente nos de carga. Ou seja, além do baixo índice de pavimentação da malha rodoviária do País, observa-se um elevado grau de deterioração das poucas estradas pavimentadas, o que compromete todo o sistema logístico, além de aumentar o Custo Brasil.
Com relação à frota de veículos rodoviários de carga do País, de acordo com o Departamento Nacional de Trânsito – DENATRAN (2010) ela é formada por 3.743.137 unidades, sendo composta por caminhões unitários de carga, cavalos-mecânicos, reboques e semirreboques.
Já a frota de ônibus interestaduais e de fretamento é de 39.096 unidades. Segundo a ANTT, em 2007, somente a frota de ônibus interestaduais e internacionais contava com 13.976 veículos que transportaram 131,5 milhões de passageiros. Além disso, o Brasil contava, em 2006, com 173 terminais de ônibus equipados com instalações físicas de postos da ANTT, destinados a passageiros em viagens estaduais e interestaduais.
Com tudo isso, o transporte rodoviário detém a maior participação na matriz do transporte de cargas no Brasil – de aproximadamente 61,1% – o que correspondeu a 420,6 bilhões de toneladas-quilômetro – TKM em 2009, com a movimentação de 1,1 bilhão de toneladas de cargas por rodovias.
Desvantagens – fretes mais altos em alguns casos, menor capacidade de carga entre os modais, mais vulnerável ao roubo de carga.
Vantagens – ponto de carga e ponto de descarga (ponto de origem e ponto de destino), maior freqüência e disponibilidade de vias de acesso, maior agilidade e flexibilidade na manipulação da carga, facilidade na substituição do veículo no caso de quebra, ideal para viagens de curta e média distância.
As maiores concentrações de vias férreas nacionais estão situadas nos Estados do Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Além disso, segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT, o material rodante brasileiro, constituído de equipamentos para a formação das composições ferroviárias, contabilizava ao final de 2009 um total de 92.890 vagões de carga e 2.876 locomotivas.
O sistema ferroviário, que atualmente participa com cerca de 21,0% da matriz de transporte de cargas no Brasil. Essa participação representou 243,4 bilhões de TKU em 2009, com 395,5 milhões de TU transportadas.
A Pesquisa CNT de Ferrovias de 2009 indicou os principais problemas atuais encontrados na malha ferroviária brasileira: a grande variação nos tempos de viagem e as baixas velocidades na transposição de regiões metropolitanas, estas causadas pelo excesso de passagens de nível e pelas invasões na faixa de domínio. Essa pesquisa também revelou que o crescimento do sistema ferroviário depende de ajustes tributários, regulatórios, físicos e operacionais, além de investimentos na construção de variantes para sanar problemas de traçado.
Outro dado interessante da pesquisa relaciona-se ao transporte de passageiros por via férrea: chamou a atenção o cenário favorável ao crescimento dessa movimentação, pois, embora concentrado na movimentação de cargas, o transporte ferroviário é hoje responsável pelo deslocamento de 1,5 milhão de passageiros/ano.
Contudo, apesar das melhorias no setor ferroviário ao longo dos últimos anos, este ainda é pouco aproveitado pela maioria dos setores da economia nacional, havendo, inclusive uma grande concentração do transporte em uma pequena porção da malha total (em torno de 10,0%). Por conseguinte, é fundamental eliminar essas distorções e permitir o melhor aproveitamento do sistema sobre trilhos, que advém justamente da economia de escala, especialmente adequada para o transporte de mercadorias de baixo valor agregado e com grande peso e volume específico.
· Vantagens – adequado para longas distancias e grandes quantidades, menor custo de seguro, menor custo de frete.
· Desvantagem – diferença na largura de bitolas, menor flexibilidade no trajeto, necessidade maior de transbordo.
O sistema aquaviário brasileiro é composto de vias marítimas e interiores e de portos e terminais portuários. Dessa forma, há basicamente dois subsistemas: o fluvial ou de navegação de interior, que utiliza as hidrovias e rios navegáveis, e o marítimo, que abrange a circulação na costa atlântica.
O primeiro conta com aproximadamente 44.000 km de rios, dos quais 29.000 km são naturalmente navegáveis, mas apenas 13.000 km são efetivamente utilizados economicamente, é usado principalmente no transporte de soja, óleo vegetal, madeira e outros. Devido o baixo custo do frete desenvolve papel importante na logística de tranporte.
Já a parte marítima tem cerca de 7.500 km de vias, é o modal mais usado no comercio internacional ou longo.
Fazem parte desses subsistemas, ainda, os portos e terminais fluviais e os marítimos, que totalizam 45 portos organizados e 131 terminais de uso privativo, de acordo com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários – ANTAQ (2010), sendo responsáveis pela participação de cerca de 14,0% na matriz de transporte de cargas.
Quanto à frota mercante de bandeira brasileira, que opera na cabotagem e nas rotas de longo curso, estão registradas junto à ANTAQ 282 embarcações de transporte (chatas, graneleiros, petroleiros etc.) e 414 de apoio, sendo 343 rebocadores. Por sua vez, a frota operacional hidroviária é composta por 225 embarcações de transporte e por 31 embarcações de apoio (lanchas, dragas etc.).
Em 2008, o transporte aquaviário do País movimentou 537,7 milhões de toneladas de cargas a granel e geral e de contêineres. Já em 2009, constatou-se uma movimentação total de 637,6 milhões de toneladas de cargas.
A Pesquisa Aquaviária da CNT de 2006 mostrou a indispensabilidade de ações urgentes na infraestrutura portuária, como a retomada das dragagens, a aquisição de equipamentos de estiva e movimentação e a melhoria dos acessos terrestres.
Ações de médio prazo, como a adequação de horários dos órgãos públicos, o treinamento de pessoal dos órgãos oficiais e dos trabalhadores e a revisão de procedimentos para a redução da burocracia, também são essenciais para manter níveis de competitividade adequados dos portos brasileiros.
O transporte aéreo possui algumas vantagens sobre os demais modais, pois é mais rápido e seguro e são menores os custos com seguro, estocagem e embalagem, além de ser mais viável para remessa de amostras, brindes, bagagem descompanhada, partes e peças de reposição, mercadoria perecível e animaes.
O transporte aéreo brasileiro conta com um total de 67 aeroportos operados pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária – Infraero, que realizam vôos comerciais regulares, nacionais e internacionais, totalizando 128 milhões de passageiros transportados em 2009.
Segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT (2010), o modal aéreo participa da matriz de transporte de carga com 0,4% do total, com a operação de 32 aeroportos que possuem terminais de processamento de cargas aéreas. Em 2009, o setor transportou aproximadamente 1,1 milhão de toneladas de carga aérea em vôos nacionais e internacionais.
Em Administração da produção significa um cartão de sinalização que controla os fluxos de produção ou transportes em uma indústria. O cartão pode ser substituído por outro sistema de sinalização, como luzes, caixas vazias e até locais vazios demarcados.
Coloca-se um Kanban em peças ou partes específicas de uma linha de produção, para indicar a entrega de uma determinada quantidade. Quando se esgotarem todas as peças, o mesmo aviso é levado ao seu ponto de partida, onde se converte num novo pedido para mais peças. Quando for recebido o cartão ou quando não há nenhuma peça na caixa ou no local definido, então deve-se movimentar, produzir ou solicitar a produção da peça.
O Kanban permite agilizar a entrega e a produção de peças. Pode ser empregado em indústrias montadoras, desde que o nível de produção não oscile em demasia. Os Kanbans físicos (cartões ou caixas) podem ser Kanbans de Produção ou Kanbans de Movimentação e transitam entre os locais de armazenagem e produção substituindo formulários e outras formas de solicitar peças, permitindo enfim que a produção se realize Just in time
Kanban de Produção é o sinal (usualmente cartão ou caixa) que autoriza a produção de determinada quantidade de um item. Os cartões (ou caixas) circulam entre o processo fornecedor e o supermercado, sendo afixados junto às peças imediatamente após a produção e retirados após o consumo pelo cliente, retornando ao processo para autorizar a produção e reposição dos itens consumidos.
Kanban de Movimentação, também chamado de Kanban de Transporte, é o sinal (usualmente um cartão diferente do Kanban de Produção) que autoriza a movimentação física de peças entre o supermercado do processo fornecedor e o supermercado do processo cliente (se houver). Os cartões são afixados nos produtos (em geral, o cartão de movimentação é afixado em substituição ao cartão de produção) e levados a outro processo ou local, sendo retirados após o consumo e estando liberados para realizar novas compras no supermercado do processo fornecedor. O kanban puxa a produção e dita o ritmo de produção para atender as demandas.